segunda-feira, 27 de julho de 2009

GRIPE SUÍNA EM CRIANÇAS


Gripe H1N1 em crianças

Escrito para o BabyCenter Brasil
Aprovado pelo Conselho Médico do BabyCenter Brasil

* Qual a diferença entre a gripe H1N1 e a gripe comum?
* A vacina contra a gripe protege contra a gripe H1N1?
* Como vou saber se é gripe comum ou gripe H1N1?
* Houve um caso na escola do meu filho. O que faço?
* Qual é o tratamento? Como vou saber se é grave?
* E se a mãe estiver com gripe H1N1, pode amamentar o bebê?
* Tem algum jeito de evitar a gripe suína?
* Por quanto tempo a criança fica contagiosa se tiver a gripe?
* Onde posso conseguir mais informações?


Qual a diferença entre a gripe H1N1 e a gripe comum?


Tanto a gripe comum como a gripe H1N1, que foi conhecida inicialmente como gripe suína, são transmitidas pelo vírus influenza. Existem vários subtipos desse vírus, que podem afetar tanto os seres humanos como os animais.

A gripe H1N1 é causada pelo vírus influenza A. Os vírus influenza (até do tipo A) causam gripes comuns em seres humanos todos os anos. Essas gripes comuns são chamadas de sazonais e são também classificadas como pandemias, a pandemia anual de influenza.

A diferença é que esta versão do influenza, a A/H1N1, até pouco tempo atrás só infectava animais, como os porcos, e assim os seres humanos não desenvolveram imunidade contra ela. Provavelmente houve uma mutação nesta variedade, permitindo a infecção humana a partir de suínos, assim como ocorreu com a gripe aviária.

Em princípio, pelo que vem sendo observado até agora pelos governos de todo o mundo e pela Organização Mundial da Saúde, a gripe H1N1 não é muito mais grave do que a gripe comum. O receio dos infectologistas é de que o vírus poderia sofrer mutações para formas mais agressivas, daí todo o cuidado em acompanhar a doença com atenção.

A vacina contra a gripe protege contra a gripe H1N1?

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Não, a vacina contra a gripe disponível nos postos de saúde e nas clínicas particulares não protege contra o A/H1N1. Mas vale lembrar que a aplicação da vacina sazonal contra o influenza é recomendada pela maioria dos médicos no caso de mulheres grávidas e bebês a partir dos 6 meses (a vacina é segura e não causa infecção ou a própria gripe).

A vacina contra a gripe comum evita que a doença se complique e se transforme em quadros mais graves, como a pneumonia.

Há ainda outros bons motivos para a vacinação o mais abrangente possível contra a gripe sazonal:

• quanto menor a circulação do vírus da gripe sazonal ou comum em concomitância com o vírus A/H1N1, menor a possibilidade de combinação ou mutação entre eles, o que poderia induzir ao aparecimento de outros tipos de vírus eventualmente mais graves.

• maior facilidade de diagnóstico para a gripe A/H1N1 em pessoas já vacinadas contra a gripe sazonal e que apresentam sintomas típicos de gripe (e não resfriado comum).

Como vou saber se é gripe comum ou gripe H1N1?


Os sintomas são os mesmos de qualquer gripe, mas os principais são:

• febre repentina de mais de 37,5 graus e tosse
• pode haver também cansaço, dor de cabeça, dor de garganta, dores musculares e nas articulações
• há casos com diarreia e dor abdominal

Os médicos vêm observando que na gripe H1N1 há mais tosse e menos coriza, mas isso pode variar bastante de pessoa para pessoa.

Se seu filho apresentar sintomas de gripe (febre, tosse), e principalmente se tiver tido contato com alguém doente, fale com o médico e explique a suspeita. Se o médico considerar necessário, pode medicá-lo ou pedir exames específicos.

Evite deixar seu filho num lugar com muita gente, se ele estiver com suspeita de gripe H1N1. Ao chegar à sala de espera, por exemplo, avise que se trata de suspeita de gripe suína para evitar que outras pessoas tenham contato com ele.

Houve um caso na escola do meu filho. O que faço?


Em primeiro lugar, procure se acalmar. Lembre-se que, assim como na gripe comum, a gripe suína normalmente se cura sozinha. Mantenha seu filho bem alimentado e bem hidratado, pois assim ele conseguirá combater melhor a doença se por acaso a pegar.

Fique de olho e, em caso de surgir febre, junto com tosse ou qualquer outro sintoma, procure atendimento médico (se possível telefone primeiro para o pediatra).

Caso seu filho tenha algum problema crônico de saúde, for imunodeprimido ou for especialmente sensível a infecções (o que pode acontecer com prematuros), avise o médico de que houve um caso próximo a ele, mesmo antes de surgirem os sintomas. Mantenha-o longe de aglomerações e capriche na amamentação, se ainda der o peito.

Qual é o tratamento? Como vou saber se é grave?


Os casos de gripe H1N1 estão sendo tratados na maioria em casa, não no hospital, a não ser que haja complicações respiratórias, doenças debilitantes ou quadros mais graves. Se seu filho estiver com suspeita de influenza A/H1N1, o médico vai pedir que você o mantenha em casa -- não o leve para a escola e não permita visitas, para evitar que outras pessoas peguem a gripe.

Quanto mais novo o bebê, maior é o nível de cuidados e atenção para que a doença não se complique. Procure deixar sua casa e o quarto bem ventilados, com janelas abertas para o ar circular.

Atenção aos sinais de alerta de complicações:

• criança ofegante
• falta de ânimo
• febre acima de 39 graus

Se você estiver em dúvida, procure um médico para mais informações. Mulheres grávidas com suspeita de H1N1 devem procurar assistência médica, porque o tratamento pode ser mais específico.

E se a mãe estiver com gripe H1N1, pode amamentar o bebê?


Sim, a mulher deve continuar amamentando o bebê, porque o leite materno ajudará a criança a combater o vírus. Ela pode usar uma máscara enquanto dá o peito, se preferir, dependendo da orientação médica. Os medicamentos antivirais eventualmente usados no tratamento parecem ser seguros para o bebê, mas é melhor perguntar para o médico que está cuidando do caso.

Caso a criança esteja com a gripe H1N1, a amamentação é positiva, porque o leite materno a mantém hidratada e é mais fácil de digerir. Além disso, mesmo que a mãe não esteja doente, pode ter desenvolvido anticorpos contra o vírus, que vão ajudar a criança a combatê-lo.

Tem algum jeito de evitar a gripe suína?


Infelizmente ainda não há vacina específica para o vírus H1N1, que provoca a chamada gripe suína, mas simples medidas de higiene podem ajudar.

São elas:

• Vírus e bactérias podem sobreviver por duas horas ou mais em superfícies como torneiras ou telefones. Por isso, lavar as mãos com frequência é uma medida que ajuda a evitar infecções de um modo geral. Lave as mãos do seu filho sempre que puder, e especialmente antes das refeições.

• Mantenha também as suas mãos bem limpas antes de lidar com o bebê. Sempre que você tossir ou espirrar, lave bem as mãos com sabonete e de preferência água morna. Esfregue os dois lados das mãos por ao menos 15 segundos e enxágue com bastante água. Caso você não tenha acesso a água e sabão na hora, carregue com você um gel anti-séptico à base de álcool para suas mãos, ou use lenços umedecidos. Não é aconselhável usar gel à base de álcool em crianças pequenas.

• Evite circular com crianças pequenas em ambientes de grande aglomeração de pessoas nas áreas afetadas pela doença.

• Mantenha a criança longe de pessoas gripadas em geral. Se a avó está espirrando e tossindo, é melhor não pegar o bebê no colo. Haverá muito tempo depois para aproveitar o netinho sem o risco de transmitir vírus.

• Se houver alguém com suspeita de gripe suína na sua família, mantenha-a em casa e siga as orientações médicas. Não mande uma criança com suspeita de gripe H1N1 para a escola.

• Não tussa ou espirre em suas mãos, porque elas podem ficar cobertas de vírus, que pode ser facilmente espalhado para outras pessoas. A recomendação é cobrir o nariz e a boca com papel higiênico ou lenço de papel ao espirrar ou tossir e depois jogá-los fora. Se não tiver um papel descartável à mão, cubra sua boca com o braço e espirre na manga. Muitos especialistas até acham esse método melhor que o papel, porque só de segurá-lo pode haver contaminação das mãos.

Por quanto tempo a criança fica contagiosa se tiver a gripe?


A partir do surgimento dos sintomas, a pessoa fica contagiosa por até uma semana. Esse período pode ser maior no caso de crianças bem pequenas. Por isso o melhor é deixar seu filho "de molho" em casa até obter o sinal verde do médico.

Onde posso conseguir mais informações?


Como as informações sobre o assunto mudam rapidamente, para saber detalhes e recomendações atualizados sobre a gripe A/H1N1 nas diferentes regiões do Brasil e em outros países, acesse o site do Ministério da Saúde.

Você também pode ligar para o Disque-Saúde (tel. 0800 61 1997).

Leia também sobre a gripe H1N1 em mulheres grávidas.

sábado, 25 de julho de 2009

ATAQUE DE PÂNICO




Ataque de Pânico

O que é ataque de pânico

O ataque de pânico é um de intenso medo e desconforto, geralmente repentino e durando não mais que 30 minutos. Os sintomas incluem tremor, falta de ar, palpitação cardíaca, suor, náusea, tontura, hiperventilação e parestesia (sensação de formigamento). A diferença mais notável em relação aos outros tipos de desordens de ansiedade é que os ataques de pânico são repentinos, parecem não ser provocados, e são geralmente desabilitantes. Uma crise de ataque de pânico é geralmente categorizada como um ciclo vicioso no qual os sintomas mentais elevam os sintomas físicos, e vice-versa.

A maioria dos que tem ataque de pânico terá outros. Pessoas que têm repetidos ataques, ou sentem ansiedade severa sobre ter outro ataque, são ditas como possuidores da desordem do pânico.

Sintomas do ataque de pânico

Os sintomas do ataque de pânico aparecem subitamente, sem qualquer causa aparente, e podem incluir:

* Freqüência cardíaca acelerada ou palpitações.
* Transpiração.
* Dores no peito.
* Tontura, náusea.
* Formigamento ou falta de sensibilidade nas mãos, face ou boca.
* Sensação de estar sonhando ou distorções de percepção.
* Percepção de que não está conectado ao corpo.
* Terror, sensação de que algo inimaginavelmente horrível está prestes a acontecer e que não tem poder para prevenir.
* Medo de perder o controle e fazer algo embaraçador ou ficar louco.
* Medo de morrer.
* Tremores.
* Choro.
* Sensação de peso.
* Diálogo interno alto.
* Exaustão.

Um ataque de pânico geralmente dura de 2 a 8 minutos e é umas das condições mais perturbadoras que a pessoas pode experimentar na sua vida. Ataques de pânico podem formar uma série de episódios que duram alguns minutos e somente terminam com a exaustão física e sono.

Tratamento da desordem do pânico

A desordem do pânico é potencialmente desabilitante, mas pode ser controlada com tratamentos específicos. O tratamento inclui medicamentos e um tipo de psicoterapia conhecida com Terapia Cognitiva-Comportamental, a qual ensina as pessoas sobre a natureza dos ataques de pânico, seus ciclos de pensamento negativo, e demonstra formas de interromper o processo de pânico.

Causas do ataque de pânico

Acredita-se que ataque de pânico esteja relacionado à hereditariedade, eventos estressantes, e forma de pensar que exagera reações relativamente normais do corpo. A causa exata da desordem do pânico é desconhecida e alvo de intensa investigação científica. Freqüentemente os primeiros ataques são engatilhados por doença física, grande estresse, ou certos medicamentos. FONTEwww.copacabanarunners.net

COMO TRATAR E CONTROLAR A ANSIEDADE


Como tratar e controlar a ansiedade

O que são transtornos de ansiedade generalizada

Pessoas com transtornos de ansiedade generalizada passam o dia cheias de preocupações e tensões exageradas, ainda que tenha pouca coisa ou nada provocando isso. Elas antecipam desastres e são profundamente preocupadas. Algumas vezes só pensar em viver o dia já produz ansiedade.

Os transtornos de ansiedade generalizada são diagnosticados quando a pessoa preocupa-se excessivamente sobre uma variedade de problemas cotidianos por pelo menos 6 meses. Pessoas com transtornos de ansiedade generalizada não conseguem se livrar de suas preocupações, mesmo que percebam que a sua ansiedade é mais intensa do que seria esperado pela situação. Pessoas com transtornos de ansiedade generalizada não conseguem relaxar e têm dificuldade de concentração. Muitas vezes, as pessoas com transtornos de ansiedade generalizada têm dificuldade para dormir. Sintomas físicos que geralmente acompanham a ansiedade incluem fadiga, dor de cabeça, tensão muscular, dores musculares, dificuldade de engolir, tremedeira, irritabilidade, sudorese, náusea, ir ao banheiro freqüentemente, sentir falta de ar, e ter ondas de calor. Os transtornos de ansiedade generalizada afetam duas vezes mais as mulheres do que os homens.

Como tratar e controlar a ansiedade

Quando o nível de ansiedade é normal, as pessoas podem interagir socialmente e manter um trabalho. Já em casos de ansiedade severa, a pessoa tem dificuldade de desempenhar simples atividades rotineiras.

Os transtornos de ansiedade generalizada são geralmente tratados com medicamentos e psicoterapia cognitiva comportamental, porém também deve-se tratar condições coexistente, se elas ocorrem, como alcoolismo e depressão.

Se você acha que tem muita ansiedade deve procurar um clínico geral que poderá determinar se os sintomas são de transtornos de ansiedade generalizada, de outra condição médica, ou de ambos. Se o transtorno de ansiedade generalizada for diagnosticado, o paciente geralmente é encaminhado a um médico especialista na saúde mental para que possa tratar e controlar seus sintomas.

Uma vez começado o tratamento com medicação, é importante nunca interrompê-la abruptamente. Certos remédios devem se descontinuados gradualmente sob supervisão médica, ou reações adversas podem ocorrer.

Dicas para ajudar a tratar e controlar a ansiedade mais eficientemente

Muitas pessoas com transtorno de ansiedade generalizada se beneficiam de juntar-se a um grupo de ajuda e compartilhar seus problemas com outros. Conversar com um amigo de confiança pode lhe dar apoio. Meditação e técnicas de controle de estresse podem ajudar pessoas com ansiedade a se acalmar e elevar os efeitos do tratamento. Há evidência preliminar também de que exercício físico aeróbico pode ter um efeito calmante. Porém, tudo isso não é substituto do tratamento médico profissional.

Uma vez que cafeína, certas drogas ilícitas e até alguns remédios vendidos sem prescrição médica podem agravar os sintomas dos transtornos de ansiedade generalizada, eles devem ser evitados. Verifique com seu médico antes de tomar qualquer remédio adicional.

A família é muito importante para ajudar uma pessoa a tratar e controlar a ansiedade. A família deveria dar apoio e não trivializar o transtorno de ansiedade ou cobrar melhoras sem tratamento.

Tratamento do transtorno de ansiedade

Remédios podem ser combinados com psicoterapia para tratar e controlar transtornos de ansiedade, e esse é o melhor método para muitas pessoas.

Como tratar e controlar a ansiedade com remédios e medicamentos

Os remédios não curam o transtorno de ansiedade, mas podem o controlar enquanto a pessoa recebe psicoterapia. A medicação deve ser prescrita por um médico, geralmente um psiquiatra, o qual pode oferecer psicoterapia ou indicar alguém para realizá-la.

Como tratar e controlar a ansiedade com psicoterapia

A psicoterapia envolve conversar com um profissional treinado, psiquiatra ou psicólogo, para descobrir o que causa o transtorno de ansiedade e como lidar com seus sintomas. A psicoterapia cognitiva comportamental geralmente é muito útil para tratar transtornos de ansiedade. Para ser eficiente, a psicoterapia cognitiva comportamental deve ser direcionada às ansiedades específicas da pessoa e deve ser moldada às suas necessidades. Não há efeitos colaterais, a não ser o desconforto da ansiedade temporariamente aumentada. A psicoterapia cognitiva comportamental deve durar pelo menos 12 semanas.

DEPRESSÃO INFANTIL






Depressão infantil
Embate entre teoria e prática caracteriza o diagnóstico e o tratamento da depressão infantil

A intervenção médica e terapêutica em casos de depressão infantil pode se tornar mais adequada às diferentes realidades. Uma pesquisa de doutorado realizada pela antropóloga Eunice Nakamura busca auxiliar profissionais da área da saúde a compreenderem que há outras noções e significados da doença. A pesquisadora investigou as diferentes maneiras com que médicos, veículos de imprensa e famílias de baixa renda encaram o transtorno.

"Os familiares de crianças deprimidas costumam agir como um 'filtro' à investigação psiquiátrica", afirma a antropóloga, que apresentou seu estudo na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. De acordo com a pesquisadora, as famílias fazem um "arranjo" a partir do que encontram na imprensa e no discurso dos psiquiatras. "Cada grupo tem sua própria lógica de compreensão, embora todos repitam os conceitos científicos", aponta.

Eunice analisou artigos publicados na mídia impressa entre 1999 e 2003 e entrevistou médicos e familiares de crianças com depressão. Segundo ela, a rede de informações disponível a respeito da depressão infantil mescla conceitos científicos e dados mais simplificados. A mídia, ao mesmo tempo em que transmite definições técnicas, simplifica certos dados, "permitindo que uma noção de doença se torne comum". "É preciso considerar o papel da imprensa de levar informações às pessoas leigas. Para isso, a simplificação é necessária", destaca.

Eunice consultou nove famílias de crianças com depressão, cujas idades variavam entre 6 e 12 anos. Todas elas recebiam atendimento no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (HC/FM) da USP e eram moradoras da periferia de São Paulo. A pesquisadora obteve informações a respeito do modo com que os familiares encaravam o problema da depressão infantil, o comportamento da criança e sua adequação ao tratamento médico.

"Os familiares costumam inserir a depressão infantil no rol de seus problemas e insatisfações, como dificuldades econômicas, desemprego e acesso precário a serviços e lazer", conta Eunice. "As famílias demonstraram um incômodo perante o comportamento da criança, que se transforma em mais um problema com o qual se deve lidar". Para a antropóloga, isso demonstra que a noção científica de depressão, embora aceita, não é a única forma de se explicar o desenvolvimento da doença. Afinal, a depressão infantil não é apenas colocada entre os diversos problemas enfrentados pela família, mas também atribuída a essa série de dificuldades.

Eunice consultou oito psiquiatras do HC envolvidos no tratamento dessas crianças e concluiu que os médicos vêem nos familiares uma espécie de "filtro de informações". "O médico se encontra num embate entre a literatura científica e a prática, na qual a família percebe a depressão infantil de uma forma particular", explica.

Segundo os médicos entrevistados, os familiares muitas vezes confundem os sintomas da depressão com comportamentos descritos como "manha" ou "birra". Por isso, o tratamento fica sujeito ao "grau de tolerância da família com relação ao comportamento da criança. O médico, então, procura intervir nesse comportamento, por meio de medicamentos e psicoterapia, a qual possibilita um maior acesso ao paciente".

Entretanto, muitas das crianças, devido a problemas financeiros, não são submetidas à psicoterapia, pois o deslocamento numa grande cidade demanda gastos muitas vezes incompatíveis com o orçamento de famílias da periferia. "Para os médicos entrevistados, a depressão está vinculada à noção de mau funcionamento e, conseqüentemente, à necessidade de ajuste das crianças, mas essa intervenção é muitas vezes restrita em função da realidade vivida pelas famílias", ressalta Eunice.
Fonte: Flávia Souza , Agencia USP, 18/04/2005.

terça-feira, 21 de julho de 2009

ESTRESSE E SUA SAÚDE



Estresse e sua saúde

Quais são as causas mais comuns do estresse?

O estresse pode manifestar-se por uma variedade de razões, incluindo acidente traumático, morte ou situação de emergência. Estresse também pode ser efeito colateral de alguma doença grave.

Há também o estresse associado à vida cotidiana, ambiente de trabalho e responsabilidades familiares. É difícil dizer para ficar calmo e relaxado em nossas vidas agitadas. Porém, é importante encontrar formas de aliviar o estresse. Sua saúde depende disso.

Quais são alguns sinais iniciais do estresse?

Estresse pode tomar diferentes formas e contribuir para sintomas de doenças. Os sintomas mais comuns incluem dor de cabeça, desordens do sono, dificuldade de concentração, temperamento explosivo, estômago perturbado, insatisfação no trabalho, moral baixo, depressão e ansiedade.

Como o estresse afeta a saúde?

Todas as pessoas têm estresse. Temos estresse de curto prazo, como quando perdemos o horário do ônibus. Até eventos normais do cotidiano podem ser estressantes.

Outras vezes encaramos estresse de longo prazo, como discriminação, doença incurável ou divórcio. Esses eventos estressantes também afetam nossa saúde em muitos níveis. O estresse de longo prazo pode elevar seu risco de alguns problemas de saúde, como depressão.

Tanto o estresse de curto quanto o de longo prazo podem ter efeitos sobre o seu corpo. Estresse dispara mudanças no organismo e aumenta a probabilidade de ficar doente. Ele também piora problemas de saúde já existentes. Estresse pode ter influência nos seguintes problemas:

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Dor de cabeça
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Dificuldade para dormir
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Constipação
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Diarréia
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Irritabilidade
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Falta de energia
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Falta de concentração
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Comer demais ou não comer
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Raiva
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Tristeza
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Maior risco de acessos de asma e artrite
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Tensão
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Cólica estomacal
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Inchaço do estômago
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Problemas de pele, como urticária
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Depressão
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Ansiedade
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Ganho ou perda de peso
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Problemas no coração
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Pressão alta
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Síndrome do intestino irritado
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Diabetes
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Dor nas costas e/ou pescoço
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Menor apetite sexual
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Dificuldade de engravidar

Estresse causa úlcera?

Os médicos costumavam achar que úlcera era causada pelo estresse e comidas apimentadas. Agora sabemos que estresse não causa úlcera -- apenas a irrita. Na verdade a úlcera é causada por uma bactéria chamada H. pylori. Ainda não sabe-se como as pessoas contraem essa bactéria, provavelmente deve ser pela comida ou água. Úlcera é tratada com uma combinação de antibióticos e outros remédios.

Quais são alguns dos eventos mais estressantes na vida?

Qualquer mudança em nossas vidas pode ser estressante -- até as mais felizes como ter um filho ou arrumar um novo emprego. Aqui estão alguns dos eventos mais estressantes na vida:

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Morte do cônjuge
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Divórcio
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Separação marital
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Passar um tempo na cadeia
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Morte de uma parente próximo
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Casamento
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Gravidez
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Aposentadoria

Como posso lidar com o estresse?

Não permita que o estresse o deixe doente. Escute o seu corpo, de modo que perceba quando o estresse estiver afetando sua saúde. Aqui estão algumas formas de ajudá-lo a lidar com o estresse:

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Relaxe. Cada pessoa tem a sua própria maneira de relaxar. Algumas incluem respiração profunda, yoga, meditação e terapia de massagem. Se você não conseguir fazer essas coisas, tire alguns minutos para sentar, escutar uma música calma ou ler um livro.
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Reserve tempo para si mesmo. É importante cuidar de si mesmo. Pense nisso como uma ordem médica, de modo que não se sentirá culpado! Não importa o quanto seja ocupado, você pode reservar pelo menos 15 minutos diários na sua agenda para fazer algo para si mesmo, como tomar um banho quente numa banheira de espuma, caminhar ou conversar com um amigo.
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Durma. Dormir é uma ótima forma de ajudar tanto o seu corpo quanto a sua mente. Além disso, você não pode combater doenças tão bem quando não dorme direito. Com sono suficiente você pode encarar melhor seus problemas e diminuir o risco de doenças. Tente dormir de 7 a 9 horas cada noite.
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Alimente-se corretamente. Tente abastecer-se com frutas, vegetais e proteínas. Boas fontes de proteína podem ser manteiga de amendoim, frango e salada de atum. Coma grãos integrais. Não seja iludido pelo ânimo que obtém da cafeína e do açúcar.
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Mova-se. Acredite ou não, praticar atividade física não somente contribui para relaxar a musculatura tensa, mas também ajuda o seu humor! Seu corpo fabrica certos elementos químicos, chamados endorfinas, antes e depois do exercício físico. Eles aliviam o estresse em melhoram o humor.
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Converse com os amigos. Amigos são bons ouvintes. Encontrar alguém que o deixará falar livremente sobre seus problemas e sentimentos faz muito bem. Isso também o ajuda a escutar outros pontos de vista. Amigos o lembrarão que não está sozinho.
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Tenha ajuda profissional se precisar. Converse com um terapeuta, que pode ajudá-lo a lidar com o estresse e encontrar melhores maneiras de encarar os problemas. A terapia pode ajudar em desordens mais sérias relacionadas ao estresse, como a desordem do estresse pós-traumático. Há também medicamentos que podem ajudar a dormir e aliviar os sintomas da depressão e ansiedade.
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Transija. Algumas vezes não vale a pena o estresse da discussão. Ceda de vez em quando.
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Escreva seus pensamentos. Você já escreveu um e-mail para um amigo sobre seu dia conturbado e sentiu-se melhor depois disso? Por que não pegar papel e caneta e escrever o que está passando em sua vida? Manter um diário pode ser uma ótima forma de tirar os problemas das suas costas e ajudar pensar em como resolver as coisas. Depois você pode ler anotações antigas e ver como progrediu!
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Ajude os outros. Ajudar alguém também pode ajudá-lo. Ajude seu vizinho ou seja voluntário em sua comunidade.
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Tem um hobby. Encontre algo que goste de fazer. Certifique-se de encontrar tempo para explorar seus interesses.
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Estabeleça limites. Quando tratar de coisas como trabalho ou família, descubra o que você pode realmente fazer. Há apenas 24 horas no dia. Estabeleça limites para si mesmo e para os outros. Não tenha medo de dizer NÃO para pedidos por seu tempo e energia.
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Planeje seu tempo. Pense antecipadamente como gastará seu tempo. Escreva uma lista de coisas a fazer. Descubra o que é mais importante para fazer.
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Não lide com o estresse de formas que prejudiquem sua saúde. Isso inclui beber muito álcool, usar drogas, fumar ou empanturrar-se de comida.

Ouvi falar que a respiração profunda poderia ajudar com meu estresse. Como faço isso?

Respiração profunda é uma boa forma de relaxar. Tente fazer isso umas duas vezes todos os dias. Aqui está como:

1. Deite-se ou sente em uma cadeira.
2. Relaxe suas mãos sobre sua barriga.
3. Conte lentamente até 4 e inale pelo nariz. Sinta a região da sua barriga inflar. Segure por um segundo.
4. Conte lentamente até 4 e exale pela boca. Para controlar a rapidez que exala, enrugue seus lábios como se fosse assobiar. Sua barriga irá desinflar lentamente.
5. Repita de 5 a 10 vezes.

INFÉRTILIDADE MASCULINA E FEMIMINA




O que é infertilidade?

Infertilidade é geralmente definida como não ser capaz de engravidar, apesar de tentar, por mais de um ano. Uma visão mais ampla da infertilidade inclui não ser capaz de levar uma gravidez e ter um bebê.

Gravidez é o resultado de uma cadeia de eventos. A mulher precisa liberar ovo de um dos ovários (ovulação). O ovo deve viajar através do tubo de falópio até o útero. O esperma do homem precisa juntar-se (fertilizar) ao ovo. O ovo fertilizado precisa então fixar no interior do útero. Ainda que isso pareça simples, na verdade há muitas coisas que podem acontecer para impedir que ocorra a gravidez.

Infertilidade é um problema da mulher?

É um mito que a infertilidade seja sempre um problema da mulher. Em torno de 1/3 dos casos de infertilidade são decorrentes de problemas com o homem e 1/3 devido a problemas com a mulher. Os outros casos são uma combinação de fatores no homem e na mulher ou causas desconhecidas.

O que causa a infertilidade masculina

A infertilidade masculina é geralmente causada por problemas na produção do esperma ou em conseguir que o esperma alcance o ovo. Problemas com esperma podem ser de nascença ou desenvolvidos mais tarde devido a doença ou lesão. Alguns homens não produzem esperma, ou produzem muito pouco. O estilo de vida pode influenciar a quantidade e qualidade do esperma. Álcool e drogas podem reduzir temporariamente a qualidade do esperma. Toxinas no ambiente, incluindo pesticidas, podem causar alguns casos de infertilidade masculina.

O que causa a infertilidade feminina

Problemas com a ovulação são a causa mais comum de infertilidade feminina. Sem a ovulação os ovos não estarão disponíveis para a fertilização. Sinais de problemas com a ovulação incluem ciclos menstruais irregulares ou falta de menstruação. Simples fatores de estilo de vida - incluindo estresse, dieta ou treinamento esportivo - podem afetar o equilíbrio hormonal da mulher. Mais raramente o desequilíbrio hormonal pode ser causado por condição médica grave, como o tumor na glândula pituitária que pode ocasionar problemas na ovulação.

Idade é um fator importante na infertilidade feminina. A capacidade do ovário produzir ovos declina com a idade, especialmente depois dos 35 anos. Em torno de 1/3 dos casais onde a mulher tem mais de 35 anos experimenta problemas de fertilidade. Quando a mulher atinge a menopausa ela não mais poderá produzir ovos ou ficar grávida.

Outros problemas também podem causar a infertilidade feminina. Se os tubos de falópio estão bloqueados o ovo não pode viajar até o útero. Tubos bloqueados podem ser resultado de doença inflamatória na pélvis, endometriose ou cirurgia de uma gravidez ectópica.

Como é o teste de infertilidade?

Se você está tentando ter um bebê e não consegue, pode desejar ajuda médica. Caso a mulher tenha mais de 35 anos, ou tenha outra razão para acreditar que possa ter problema de fertilidade, não precisa esperar um ano de tentativas de engravidar para procurar um médico. Uma avaliação médica pode determinar as razões para infertilidade conjugal. Geralmente esse processo começa com exames físicos e histórico médico e sexual do casal. Se não houver nenhum problema óbvio pode-se precisar fazer testes.

Para o homem, a testagem geralmente começa com testes do sêmen para verificar a quantidade, forma e mobilidade do esperma. Algumas vezes outros tipos de testes, como teste de hormônio, são feitos.

Para a mulher o primeiro passo da testagem é verificar se está ovulando todos os meses. Há várias formas de fazer isso. Por exemplo, ela pode acompanhar as mudanças na sua temperatura corporal pela manhã e a textura do seu muco cervical. Outro instrumento é o kit de teste caseiro de ovulação, o qual pode ser comprado em farmácias e drogarias.

A checagem da ovulação também pode ser feita em clínica médica usando testes de sangue para verificar os níveis hormonais ou teste de ultrasom para os ovários. Se a mulher estiver ovulando, será preciso fazer mais teste cujos mais comuns incluem:

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Histerossalpingografia - Um raio-x dos tubos de falópio e útero depois deles terem sido injetados com pigmento. Mostra se os tubos estão abertos e a forma deles.
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Laparoscopia - Um exame para detectar doença nos tubos e outros órgãos femininos. Um instrumento chamado laparoscópio é usado para ver dentro do abdome.

Qual é o tratamento para infertilidade?

Dependendo dos resultados dos testes, tratamentos diferentes podem ser sugeridos. Entre 85-90% dos casos de infertilidades são tratados com medicamentos ou cirurgia.

Vários medicamentos para fertilidade podem ser usados por mulheres com problemas de ovulação. É importante conversar com seu médico sobre o medicamento a ser utilizado. Você deve entender os benefícios e efeitos colaterais do medicamento. Dependendo do tipo e da dosagem do remédio para infertilidade, em alguns casos podem acontecer múltiplos nascimentos (como gêmeos).

Se necessária, cirurgia pode ser feita para reparar danos aos ovários, tubos de falópio ou útero. Algumas vezes o homem tem um problema de infertilidade que pode ser corrigido com cirurgia.

COMO É A GRAVIDEZ NA MENOPAUSA




Como é a gravidez na menopausa

A mulher entra na menopausa porque os seus hormônios estão diminuindo e com isso começam a não menstruar ou menstruar menos, os óvulos ficam velhos e com isso a mulher passa a ter vários transtornos como: vertigem, ganho de peso, seca vaginal, ondas de calor etc. A mulher começa a ter tais sintomas quando está entre os 50 e 55 anos. A primeira menstruação que as mulheres têm é conhecida como menarca e a última como menopausa. A menopausa possui períodos de pré e pós menopausa. No período de pós-menopausa ocorre à diminuição de produção dos óvulos com isso a mulher tende a ter uma menstruação parada por que ocorre uma diminuição nos hormônios femininos. Neste período as mulheres ficam irritadas, possuem ondas de calor, dores de cabeças intensas, perda de cálcio nos ossos causando a osteoporose e distúrbios psicológicos. Há um tratamento, o qual é indicado à reposição de hormônios, os quais reparam as funções do nosso organismo e a menstruação volta. No período pré-menopausa a menstruação está presente, porém há uma escassez. Neste período a mulher pode engravidar normalmente se o seu corpo estiver apto a isso, porém a gravidez a partir dos 30 anos de idade já é considerada de risco, afinal o corpo está ficando cada vez mais escasso. Depois da menopausa não existe mais ovulação, menstruação, mas com os tratamentos citados a cima ele estimula os hormônios e com isso a mulher volta a ter menstruação e também a sustentar uma gravidez. Então, se você está com a menopausa próxima e acha que nunca mais terá o filho que sempre sonhou se acalme, afinal há vários tratamentos no mercado que irá te ajudar a obter uma gravidez, onde o tratamento faz um preparo no útero para que este o sêmen o qual foi formado no útero de uma doadora porque o seu útero já não funciona mais normalmente, pois ele só consegue sustentar a gravidez e não dar início a mesma. A doadora passa pelo processo de indução da ovulação e assim a receptora recebe diversos medicamentos que preparam o seu útero para conseguir sustentar e segurar o feto e dar início a gravidez tão desejada.

SAIBA COMO ENCONTRAR O SEU PERÍODO FÉRTIL




Saiba como encontrar o seu período fértil

Toda mulher sonha em ter um filho e ser mãe, mas quando pensam nisso surgem inúmeras dúvidas quando a palavra em questão é a maternidade. A primeira coisa é estar totalmente estabilizada financeiramente e estar pronta ter ser mãe e seu parceiro pronto para ser pai, daí o primeiro passo é visitar o seu ginecologista e ele irá lhe indicar alguns exames como: HIV, urina, rubéola, toxoplasmose entre outros e ele também irá te indicar que três meses antes de engravidar que você tome ácido fólico e continue tomando o ácido durante os três primeiros meses de gestação. Mas, vamos ao que interessa como determinar o período fértil, pois é nele em que as mulheres ficam grávidas. É simples. Para encontrar o seu período fértil você deve contar a partir do primeiro dia de menstruação e este será indicado como dia 1 e com isso verificará que o período fértil tem início no dia 10 e continua até o dia 17, já para as mulheres com um ciclo menstrual irregular geralmente o período fértil e a ovulação ocorrem no dia 14 do ciclo citado a cima. Então se você quer engravidar procure manter relações com o seu parceiro dia sim, dia não, durante esses dias, mas jamais várias relações no mesmo dia. Caso não seja muito boa de contas há outras maneiras de descobrir seus dias férteis entre eles estão: A Temperatura Basal que é a temperatura do corpo da pessoa que acabou de acordar que dormiu durante seis horas e você irá medi-la pela boca, via vaginal ou retal e se houver uma queda de temperatura significa que a mulher está para ovular e se a temperatura elevar é que ela já ovulou. Para conseguir medir saiba que a variação pode ser de 0,3 a 1,0 graus; O Ultra-Som Transvaginal, o qual é capaz de visualizar com enorme perfeição se a mulher vai ovular, quantos óvulos há a possibilidade de serem expelidos e de qual ovário irá sair. Estes exames são indicados nos dias 13, 14 e 15 do ciclo menstrual e junto deste exame é indicado também o Teste de Ovulação, o qual é vendido nas farmácias e detecta o aumento do hormônio Luteinizante na urina. Se houver um número alto significa o início do processo de ovulação, os quais irão se produzir entre 24 a 36 horas depois; E por último o Muco Servical que é a secreção eliminada pela vagina durante os dias férteis e é similar a clara do ovo. Quando esta secreção aparece significa que a mulher está iniciando seu período fértil e quando a secreção fica maior ainda significa que a ovulação está ocorrendo. Saiba que esses métodos de determinar a sua ovulação não são nenhum meio de prevenção para a gravidez, pelo contrário ajuda as mulheres a encontrarem o caminho para ficarem grávidas e constituírem uma família

segunda-feira, 20 de julho de 2009

CIÚME DOENTIO PAIXÃO OBSESSIVA



Ciúme Doentio Paixão Obsessiva e Distúrbios Paranóides

Para muitas pessoas o ciúme é o tempero de uma relação. Para quem pensa dessa forma, é comum achar que, como um termômetro, a intensidade do ciúme é que mostra o quanto se gosta ou não da outra pessoa.

Esse pensamento é perigoso, pois um ciúme exagerado pode virar uma doença patológica que, fora de controle, irá prejudicar a relação, provocar atritos, brigas, desrespeito e muito sofrimento.

O ciúme tem uma relação com um distúrbio paranóide no qual estão inclusos fatores constitucionais e ambientais.

A hereditariedade, a personalidade pré-mórbida, dificuldades da vida, experiências traumáticas, injustiças, complexos não resolvidos, problemas físicos, idade, podem desempenhar papéis importantes no desencadeamento do ciúme patológico.

Estas pessoas que vivem essa descompensação por ciúme, costumam ser pessoas inseguras, tensas, medrosas, possuem um alto nível de ansiedade, a qual frequentemente é descarregada com hiperatividade, agressividade, raiva e rancor.

Facilmente se tornam desconfiados, cheios de suspeita em situações comuns na vida, sempre esperando e achando que serão traídos. A tal ponto isso acontece que algumas pessoas se fecham para as relações, não se permitindo viver namoros, casamento, preferindo viver de forma solitária, pois acham que ninguém é confiável.

O Mundo para essas pessoas parecem ser perigosos, as pessoas são indígnas de confiança, pensam muito sobre o que os outros pensam a seu respeito, alimentam a desconfiança num círculo vicioso que não conseguem se desvencilhar.

Um fator precipitante mais comum é uma intolerável hiperexcitação provocada por uma situação de frustração intensa (real ou imaginária) que leva a uma descarga traumática de impulsos agressivos e sexuais. Isto leva ao medo da perda do objeto amado desencadeando devaneios e fantasias de que essa perda é inevitável, acha que a traição se ainda não ocorreu vai ocorrer e ele será o último a saber.

Com estes pensamentos, desenvolve uma cadeia de estratégias para se garantir, para evitar a (possível) traição ou evitar ser o último a saber.

Com isso, trama situações, cria inúmeras possibilidades e começa a perceber a realidade como deposítária de suas fantasias. Desta forma, encontram nesta realidade percebida (a qual na maioria das vezes não é real), elementos que configuram suas dúvidas e desconfianças. Isso leva a pessoa a encontrar evidências da traição onde não existem, mas que pela forma que as enxerga, confirmam suas suspeitas.

Quando os delírios paranóides são bem sistematizados o prognóstico é grave e as complicações para a vida do casal se tornam insuportáveis.
A pessoa acredita realmente em suas suposições e tende a ironizar qualquer um que pretende contradizê-la. Na maioria dos casos, a doença tem uma evolução prolongada, piorando gradativamente, deixando cada vez mais a pessoa alienada a esses pensamentos.

O tratamento psicoterápico e às vezes medicamentoso é necessário para novas elaborações, correções distorcidas da realidade e reestruturação das crenças, trabalhando a auto-estima e estabelecendo novos níveis de confiança.

Veja mais sobre ciúme doentio, ciúme patológico e paixão obsessiva acessando a categoria ciúme e paixão obsessiva

CIÚME DOENTIO


Ciúme Doentio - Tratamento para o Ciúme Possessivo - Tratamento para controlar o ciúme




A pessoa que desenvolve um ciúme possessivo e obsessivo pelo parceiro pode estar sofrendo de um distúrbio obsessivo ou pode apresentar sintomas de uma personalidade obsessiva compulsiva.



A pessoa que sofre com ciúmes pode ter uma personalidade obsessiva compulsiva que possui um padrão característico de sintomas que precisam ser observados:



Há um padrão persistente de preocupação com asseio, perfeccionismo, controle mental e interpessoal.



Há pouca flexibilidade, transparência, relaxamento das preocupações de dos pensamentos, os pensamentos apresentam pouca eficiência, os pensamentos acontecem recorrentemente, ou seja, não saem da cabeça.



Este distúrbio começa no início da vida adulta e apresentam uma variedade de contextos, como indicado por quatro (ou mais) dos seguintes sintomas :


1. Estar preocupado com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou horários e com o que ainda vai fazer

2. Mostra perfeccionismo que interfere com a tarefa concluída (por exemplo, é impossível concluir um projeto devido ao aumento de suas próprias exigências das normas e regras)

3. É demasiadamente dedicado ao trabalho e produtividade e deixa de lado as atividades de lazer e amizades.


4. É muito convencido de seus próprios pensamentos, não aceita a opinião alheia, ou não acredita nas evidências que a outra pessoa aponta, é escrupuloso, é inflexível em matéria de moralidade, ética ou valores.


5. É incapaz de se desfazer de objetos sem valor, mesmo quando estes não têm valor nem sentimental


6. Mostra-se relutante em delegar tarefas ou a trabalhar com outras pessoas, salvo se apresentarem exatamente a sua mesma maneira de fazer as coisas e a mesma forma de pensamento que o seu.
7. Adota um estilo pão-duro, o dinheiro é visto como algo a ser acumulado para as futuras catástrofes

8. Mostra rigidez e teimosia

9. Acredita piamente em seus pensamentos e acha que os outros estão mentindo. NO caso do ciúmes, nunca ceita a explicação do utro, ou acha que está sendo sempre enganada.

10. Pensa o tempo todo em como controlar a outra pessoa a ponto de querer acompanhar tudo o que ela faz, onde está, o que está pensando, numa necessidade de posse do outro.

Tratamento:





Os indivíduos que sofrem desta desordem de personalidade muitas vezes se caracterizam pela sua falta de abertura e flexibilidade, não só em suas rotinas diárias, mas também com as relações interpessoais e expectativas.



A imensa preocupação com asseio, perfeccionismo e controle de suas vidas e de suas relações ocupam grande parte de sua vida.



As opções de tratamento opções que não se encaixam no esquema cognitivo do cliente provavelmente será rejeitada rapidamente ao invés de ser uma tentativa aprovada por ele.


Os indivíduos que sofrem deste distúrbio têm dificuldade em incorporar novas informações e mudanças em suas vidas.



Para incorporar novas aprendizagens é necessário uma empatia muito grande com o terapeuta para que o mesmo consiga colocar novos planos de vida e confrontação com a realidade para que ocorra novas reestruturações cognitivas.



A técnica de relaxamento é uma indicação para concorrência com os pensamentos disfuncionais e com a ansiedade vivida pela necessidade de controle.



A capacidade para trabalhar com os outros é igualmente afetada, uma vez que eles vêem o mundo em preto e branco, acham que somente a sua maneira de fazer as coisas é a correta. Naturalmente, essa lógica defeituosa também será traduzida para a sua relação terapêutica com o psicólogo e seu tratamento.



Dessa forma, cabe ao Psicólogo saber que será improvável ter sucesso na utilização de técnicas ou tratamentos que não tenham sido previamente aprovados pelo paciente para o uso.



Às vezes isso pode ser feito simplesmente por afirmar a eficácia de um determinado tratamento para um problema específico, citando as pesquisas.

Quando essa desordem de personalidade é combinado com a apresentação de uma doença, deve ser utilizado abordagem multidisciplinar para o uso de terapia medicamentosa e terapia cognitiva para maior eficácia.



A técnica de confrontação com a realidade e a busca de evidências na terapia cognitiva comportamental é uma forma que ajuda muito a pessoa com ciúmes obsessivo a entender o modo de funcionamento de seus pensamentos e fantasias, conseguindo diferenciar entre estes aspectos.



A terapia de casal pode ser indicada quando o ciúmes está focado no parceiro que não aceita sua doença e terapia e, consequentemente fica mais fácil aceitar o atendimento terapêutico para ambos.



O ciúmes possessivo atrapalha a relação do casal e se não for trabalhadas estas questões acontece o desgaste muito rápido na relação, interferindo em direitos e deveres de cada um e principalmente no respeito entre o casal.



A busca de ajuda terapêutica permite uma melhor avaliação do contexto e pode haver encaminhamento para uma avaliação médica e psiquiatra, pois em alguns casos há a necessidade de intervenção medicamentosa para maior controle da ansiedade e dos pensamentos obsessivos.



Veja mais sobre ciúmes doentio, ciúmes possessivos, paixão obsessiva, amor doentio

domingo, 19 de julho de 2009

MÚSICOTERAPIA


A pressão alta, que afeta 35% dos adultos acima de 40 anos no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, dobra o risco de morte por doença cardíaca ou derrame. Cuidar do coração com a prática de exercícios, redução do consumo de sal e o consumo moderado de álcool ainda são as melhores formas de evitar pressão alta.

Segundo o neuropediatra Luiz Celso Vilanova, “A música interfere no sistema que regula as emoções. E já se sabe que o estado emocional está ligado à percepção da dor”.

BENEFÍCIOS DO SOM

Olhos:pacientes com problemas visuais e neurológicos que ouviram Mozart tiveram melhores resultados em testes de visão do que outros que não escutaram as composições.

Corpo e Mente: ouvir música proporciona sensação de bem-estar.

Coração: seleções musicais que misturam ritmos rápidos, lentos e pausas prendem a atenção do ouvinte e podem ter efeito relaxante, ao influenciar no ritmo dos batimentos cardíacos e níveis da pressão arterial.

Comportamento: hospitais usam música para diminuir a tensão de bebês, crianças e adolecentes antes e depois de cirurgias.

Sistema vascular: ouvir uma música tranqüila reduz a pressão alta e relaxa os vasos sanguíneos de pessoas hipertensas. Esse tipo de som também diminui os riscos de derrame e de doenças cardíacas.

Aumente o volume e relaxe

sexta-feira, 17 de julho de 2009

CHORAR FAZ BEM


Chorar faz bem

Publicado no Site Feminíssima de Luiza Brunet
Fonte

No altar, você não consegue segurar as lágrimas. Quando ele diz que está apaixonado, elas brotam pelo seus olhos. Na hora da separação, você desaba. Até beijo de novela faz com que você se desmanche. Se você é assim, chora por qualquer coisa, com certeza já ouviu aquelas frases que todos os homens adoram: "mulher chora por tudo", ou "você é uma manteiga derretida".

Antes que as lágrimas brotem do seus olhos de raiva, saiba que choramos não só porque temos apenas os cromossomos "XX", mas porque geralmente mostramos mais nossos sentimentos.

- O que ocorre é que a educação dada à mulher difere muito da educação dada aos homens. Para eles, demonstrar sentimentos é "sinal de fraqueza". Na verdade, os homens não sabem muito bem como administrar seus sentimentos, não foram educados para isso - explica a psicóloga Olga Tessari.

Embora esse comportamento normalmente seja visto como uma fraqueza feminina, chorar só traz benefícios ao nosso organismo.

Isso mesmo! Chorar faz bem, alivia a angústia e libera a tensão. Azar dos homens, que têm que bancar os durões em todos os momentos. Talvez seja por essa mania de bancarem os fortões, que existe o colo da mãe, da mulher, da amiga, que eles sempre procuram nos momentos de aflição.


A emotividade das mulheres tem uma influência que os homens não são capazes de entender, a hormonal. Não é por acaso que 10 entre 10 mulheres geralmente ficam mais sensíveis no período pré-menstrual ou durante a gravidez, quando as taxas hormonais estão em constantes mudanças no organismo.

- A variação hormonal das mulheres interfere em seu jeito e humor. Os hormônios se alternam ao longo do ciclo menstrual, provocando alterações no humor e no comportamento feminino - afirma a psicóloga.

- Quando fico mais emotiva do que o normal, o Cláudio sempre pergunta se estou com TPM (tensão pré-menstrual) - conta a enfermeira Carla Almeida, 33 anos.
Você pode até não gostar muito de ter a sensibilidade à flor da pele, mas ser uma Maria-mole tem suas vantagens.

- O ato de chorar funciona como um diminuidor de tensões. Sempre que choramos nos sentimos aliviados, mais calmos e relaxados. O fato de poder demonstrar sentimentos, leva as mulheres a rir, chorar, falar, enfim, a manifestar todo e qualquer sentimento de forma mais natural e positiva - garante a especialista Olga Tessari.

Então, fique à vontade para liberar seus sentimentos.
Está feliz? Triste? Ou chateada com a separação?
Chore à vontade!

Consultoria
Olga Inês Tessari é psicóloga e psicoterapeuta
telefone: (11) 6605-6790
Site: http://ajudaemocional.tripod.com

Fonte

QUANDO UM NÃO QUER , DOIS NÃO BRIGAM!



Quando um não quer, dois não brigam!
Publicado no site da novela Malhação - Rede Globo
dez/06


Daniel é um machista de carteirinha! Mesmo desempregado e sem dinheiro, não quer saber de ser bancado por Raquel. Resultado: por uma bobeira dessas, os dois acabam brigando, terminam a relação, mas – aleluia! – logo reatam.

Assim como a dupla de Malhação, há muitos casais por aí que vivem às turras por muito pouco. É como diz o velho ditado: fazem uma tempestade num copo d’água. Assim não dá! Está na hora de encarar esses contratempos que surgem na relação com mais bom-humor.

Afinal, se um não quer, dois não brigam! “Para haver uma briga é preciso haver duas pessoas envolvidas. Portanto, para evitar uma discussão, é preciso estimular a pessoa que quer brigar respondendo ou ‘provocando’ de forma ‘agressiva’!”, sugere a psicóloga Olga Tessari.

Calma, é mais simples do que você imagina! Siga as dicas da psicóloga e as brigas com seu namorado ou namorada estarão com os dias contados!

1. Ouça o que a pessoa tem a dizer, não a interrompa.

2. Tenha calma e seja paciente.

3. Não interprete à sua maneira o que está sendo dito: pergunte o que não entender!

4. Respire fundo, conte até dez e reflita antes de responder.

5. Não se ofenda: muitas vezes, palavras ditas num momento de briga apenas revelam a mágoa ou raiva da pessoa no momento e não é, necessariamente, o que ela pensa a seu respeito.

6. Às vezes é preciso “engolir seco", esperar a pessoa se acalmar e conversar mais tarde.

7. Pare e pense: a pessoa que briga com você tem motivos para isso, ou não? Se ela tiver, aceite a crítica sem brigar e tente mostrar o seu ponto de vista. Caso ela não tenha, tente entender o que a levou a brigar com você. Ela pode estar nervosa ou preocupada com outra coisa e descontando o estresse em você.

8. Não se faça de vítima.

9. Deixe o orgulho de lado!

FONTE

ATENÇÃO!
Você acabou de ler uma entrevista feita com a Dra Olga Inês Tessari
Autora do livro "Dirija a sua vida sem medo"

quinta-feira, 16 de julho de 2009

DEPRESSÃO PÓS -PARTO ATINGE ATÉ O HOMEM


Depressão pós-parto atinge até o homem
Falta de conhecimento e preconceito prejudicam no diagnóstico dos pais

Para a maioria dos casais, a chegada de um filho é um acontecimento cheio de felicidade. Mas as mudanças hormonais, somadas à responsabilidade de cuidar de um recém-nascido, costumam deixar partes das mulheres tristes, apáticas, sem mostrar afeto pelo filho. Elas sofrem de depressão pós-parto. Em casos mais raros, pode haver tendência ao suicídio.

Mas, o que poucos sabem, é que os homens também são afetados pelas ânsias e dúvidas que vêm associadas às alegrias do nascimento de um filho e também podem desencadear a doença.

Um estudo realizado com 8.400 homens nas universidades inglesas de Oxford e Bristol mostra que 3,6% dos pais apresentaram sintomas como ansiedade, irritabilidade e desesperança oito semanas após o nascimento do bebê.

Para a psicóloga doutora em obstetrícia, Silvana Nunes Garcia Bormio, a maior participação do homem na vida de suas mulheres durante a gravidez, é um dos fatores responsáveis pelo quadro. Apesar de não ter conhecimento de estudos estatísticos da doença nos homens, a tendência é que o número de homens que apresentam o distúrbio cresça. Antigamente, o homem assistia a gravidez de longe. Hoje, ele vai às consultas, participa de atividades relacionadas à gravidez, tem uma interação maior com o momento e com a mulher.

A depressão pós-parto pode se manifestar com intensidade variada, que vai de uma tristeza leve e passageira, conhecida como síndrome do baby blues, à psicose puerperal, que apresenta sintomas mais intensos e duradouros com a necessidade de um acompanhamento psicológico.

A síndrome de baby blues atinge cerca de 60% das mulheres e é provocada por fatores como a mudança na rotina, aumento da responsabilidade e, dúvida quanto aos cuidados com o bebê. Além disso, as mudanças hormonais também influenciam. Quando a depressão dura mais de 15 ou 20 dias, e vem atrelada à vontade de morrer ou à falta de afeto pela criança, é preciso procurar ajuda, seja homem ou mulher. A psicose puerperal afeta até 10% das mulheres.

No homem, a psicóloga explica que a psicose puerperal é menos comum. É comum notarmos um ciúme do pai em relação ao relacionamento da mulher com o filho, além da apatia e da tristeza. Sentimentos como a perda da esposa, aumento da responsabilidade e atualização do relacionamento com os pais também influenciam no desencadeamento do distúrbio.

Um dos maiores obstáculos para o tratamento da depressão pós-parto parterna é a falta de conhecimento e o preconceito.

A boa notícia é que existe solução. Para isto um tratamento em conjunto com um psicólogo e um psiquiatra é fundamental. É preciso essa ação em conjunto para concluir a gravidade do caso e as direções a seguir, definir se é necessário o uso de medicamentos ou se apenas o tratamento psicológico funciona.

Fonte: Blog da Zazou

Saiba mais sobre a depressão pós-parto





Saiba mais sobre a depressão pós-parto
Médicos a consideram como patologia e recomendam tratamento imediato

Ter um filho pode se tornar um dos momentos mais importantes para a mulher. Por mais que a chegada de um bebê seja recompensadora, o momento pode ser difícil e estressante. As mudanças que ocorrem após a chegada do bebê podem deixar as mães tristes, ansiosas ou com medo. Para algumas mulheres, estes sentimentos vão embora rapidamente. Para outras, eles podem permanecer e a mulher ter depressão pós-parto, uma patologia séria que requer tratamento imediato.

A depressão pós-parto é um quadro de humor grave, depressivo, que ocorre logo após o nascimento do bebê. A doença pode ser acometida em até dois anos após o procedimento e está ligada à perinatalidade (período anterior e posterior ao parto). "É um quadro de humor severo, em que a mulher fica triste", explica a psicanalista Vera Iaconelli.

Apesar de comum, a depressão pós-parto não é normal, ocorre entre 15 a 20% e requer tratamento imediato. "A depressão necessita de cuidados psicológicos e psiquiátricos", ensina a especialista. Nos casos identificados, o psiquiatra irá avaliar a necessidade de medicação, já que os tratamentos são diferenciados. O psicólogo irá verificar os motivos que desencadearam o quadro depressivo. "É importante conhecer a história da paciente. Só medicar sem conhecer a causa pode permitir que os sintomas voltem ao fim da medicação", enfatiza.

O tratamento realizado em conjunto com os profissionais ameniza os sintomas e possibilita a cura. Mas a prevenção pode ser obtida desde que a mulher seja acompanhada por um psicólogo durante o pré-natal. "Os médicos que atendem a gestante precisam ter um olhar além da barriga. Deve-se estar atento ao humor e às condições em que a paciente está vivendo a gravidez para o quanto antes acionar uma rede de ajuda, seja o psicólogo ou o psiquiatra, a fim de ajudar na prevenção", afirma. Para a psicóloga, o obstetra deve estar atento à mulher de uma maneira geral, tanto física quanto psicológica.

A profissional esclarece que a tristeza própria dos pós-parto é diferente da depressão, está considerada uma patologia. A identificação é feita pelo obstetra que precisa acionar a rede de saúde. "Uma das dicas é observar o grau de sofrimento vivenciado pela paciente no pós-parto, e se ela precisa de ajuda", enfatiza.

Para ajudar a identificar a patologia, alguns fatores são observados, mas a psicóloga ressalta que, isoladamente, estes sintomas não indicam a depressão. O que deve se ter atenção é quando estão em conjunto. "Mãe do primeiro bebê, situações de penúria social, dificuldades financeiras, gravidez na adolescência, problemas conjugais, bebês com algum tipo de anomalia, gravidez muito esperada e obtida por meio de tratamentos de fertilização e até mesmo a cesariana representam fatores de risco", ensina. Um dos fatores mais fortes é quando a mulher possui histórico de depressões ou de quadros psiquiátricos anteriores à gravidez. A psicóloga alerta que estes sintomas são variáveis e em alguns casos a paciente pode estar inclusa em vários destes apresentados e não ocorrer a patologia.

Vera Iaconelli - Psicanalista e mestre em Psicologia pela USP

Fonte: Agência Unipress Internaciona

ADOLESCENTITE AGUDA



Como um espirro chega de repente, seu filho também pode ter, sem mais nem menos, um surto de adolescentite!

Você pode perguntar alguma coisa a seu filho adolescente e receber em resposta "uma bela patada". Ou então, fazer um simples comentário e se tornar objeto de sua fúria!

- De onde vêm essas explosões?

Ao certo, ninguém sabe, muito menos seu filho.Os prováveis culpados dessas agressões verbais, sarcasmo excessivo, crises de choro, são os hormônios Testosterona (rapazes) e Estrogênio (garotas), responsáveis em transformar o corpo de um adolescente em adulto. Outro candidato é a ênfase dada à popularidade e aprovação da turma - que pode levar um adolescente a sentir-se melhor, na medida em que se afirma como uma pessoa que intimida outra.
Mas seja o que for, detectar a causa pode ajudar a entender mas não a lidar com o turbilhão de emoções levantadas durante o "surto". A agressividade resultante de sentimentos como impotência, solidão e paixão, amedrontam tanto pais quanto filhos.

- Sabe do que precisamos nessas horas? De uma estratégia!

Comece procurando manter o bom humor. Quando estiver sob "ataque" procure dizer de forma respeitosa, porém leve, algo como:

- Opa, opa, opa...Vamos parar e começar de novo. O que você disse mesmo?

Assim você demonstrará que notou algo fora de lugar, mas com possibilidade de reencaixe, ajudando, também, seu filho a não se irar (Efésios 4.26).

Ofereça a seu filho as seguintes ferramentas para ele mesmo lidar com seus inevitáveis ataques:

1- O poder da palavra

Encoraje seu adolescente a procurar identificar o objeto de sua raiva, tristeza ou alegria. E mesmo que você tenha uma resposta para o caso, não a entregue logo. Procure ajudá-lo a acalmar-se e, em seguida, compartilhe sua solução.

Dica: se o seu filho recusar-se a falar e quiser ficar sozinho, diga-lhe que se ele apenas disser três frases sobre o que está acontecendo, você promete sair dali e deixá-lo a sós. Isso fará com que ele "esfrie" um pouco a cabeça e evite entrar num túnel de isolamento.

2- O poder da decisão

Insista para que seu filho tenha boas maneiras, mesmo quando ele não estiver "a fim de". Procure ser objetivo e direto: "Espere! Entendo que você queira socar seu irmãozinho por ele ter pisado em seu trabalho de escola, mas controle-se. O seu projeto estava no chão e ele ainda não tem o controle total das pernas. Foi um acidente. O que pode ser feito para que isso não aconteça novamente? Talvez possamos estabelecer uma regra: quando você estiver estudando na sala de jantar, ninguém com menos de 1,5 metro poderá entrar lá. Que tal?"

Dica: Comunique a seu adolescente que você não intenciona reprimir seus sentimentos, mas que ele deverá expressá-los sem agredir os outros. Se ele não agir assim e usar palavras chulas e/ou ofender as pessoas, perderá privilégios por cada expressão usada.

Falar sobre assuntos desagradáveis de forma educada é uma grande habilidade. Dessa forma, aliado ao clima que se tornará mais ameno, ocorrerá um treinamento para a vida que jamais será esquecido, além de ser extremamente útil para as áreas pessoal e profissional.

3- O poder de Deus

O poder para trabalhar com essas oscilações emocionais vem de Deus. Ninguém tem vontade de ser bondoso quando está de mau humor. Ninguém quer dar opinião quando não se sente seguro. Mas ambas as coisas são possíveis quando acessamos o poder sobrenatural de Deus. Reafirme a seu filho que Jesus Cristo também foi adolescente e que passou pelas experiências emocionais que ele está agora atravessando. Por esse motivo, mais do que ninguém ele pode ajudar a quem estiver passando por essa fase.

Este versículo é para acalentar nossos corações:

"Portanto, fiquemos firmes na fé que anunciamos, pois temos um Grande Sumo Sacerdote poderoso, Jesus Cristo, o Filho de Deus, o qual entrou na própria presença de Deus. O nosso Grande Sacerdote não é como aqueles que não são capazes de compreender as nossas fraquezas. Pelo contrário, temos um Grande Sumo Sacerdote que foi tentado do mesmo modo que nós, mas não pecou. Por isso tenhamos confiança e cheguemos perto do trono divino, onde está a graça de Deus. Ali receberemos misericórdia e encontraremos graça sempre que precisarmos de ajuda" (Hebreus 4.14-16).

Dica: Nunca use a espiritualidade como uma vara, para bater nos outros, mas sim como suporte de sustentação pessoal.

Escrito por: Karen Dockrey

Fonte: Revista Lar Cristão

QUANDO O FILHO É REBELDE


Quando o filho é rebelde
Mãe deve praticar o amor e entendê-lo

Ser mãe é uma benção de Deus, é uma dura e árdua tarefa que vale a pena enfrentar, pois a recompensa, transmitida através da reciprocidade, é inexplicável. Entretanto, durante essa jornada praticamente integral de educar seus herdeiros, muitas mulheres passam por dificuldades de relacionamento, quando crianças e jovens são rebeldes e difíceis de amar.

De acordo com a autora do livro "O Desafio de Educar Filhos", Jane Crivella, são as crianças difíceis as que mais precisam de amor. "Engana-se quem pensa que o amor é um sentimento; ele é uma ação. Não existe condição para amar, existe, sim, o amor em ação", afirma em seu livro.

É importante que os pais se coloquem no lugar dos filhos, compreendam suas atitudes e pensamentos, repreendam quando necessário, respeitem e pratiquem o amor. "Praticamos o amor quando fazemos ao nosso próximo o que gostaríamos que fizessem com a gente. Por um instante se imagine como sendo este jovem, com todas as suas inseguranças e angústias. Tenho certeza de que seu sentimento de ira se transformará em compaixão", acredita a autora.

Muitos pais não percebem a importância que eles têm na vida dos filhos. Hoje em dia, é muito difícil ter amigos verdadeiros e os pais devem ocupar essa lacuna, sendo os melhores amigos deles desde a infância e mantendo desde sempre um canal direto de comunicação com eles. Além disso, devem sempre procurar fazer atividades em família (brincadeiras, passeios, festas...) desde a infância, se mostrar presentes em todos os momentos e ensiná-los a colecionar amigos verdadeiros.

"A mãe deve ser a melhor amiga da filha, assim como o pai, do filho. Já fomos jovens e sabemos do que o jovem gosta. Não podemos exigir que nossos filhos tenham comportamento de velhos, só porque nós envelhecemos. É muito mais fácil sermos como eles, com a sabedoria que a vida nos coroou, do que eles alcançarem nosso patamar", finaliza.

Fonte: Agência Unipress Internacional

MANUAL ANTI- BIRRA


Manual anti-birra


Entenda o porquê de as crianças fazerem certos tipos de manha e coloque um ponto final nos "chiliques"

Mesmo quem se prepara psicologicamente para ser mãe fica meio perdida diante de um acesso de birra do filho. Nessas horas, bate a dúvida: "Será que estou educando direitinho?" "Os pais devem se dispor a mudar e entender que essas alterações são fundamentais para a criança melhorar o comportamento e amadurecer", diz a psicóloga educacional Rosângela Cabrera, de São Paulo. Conheça os problemas mais comuns entre os pequenos, retratados no livro "Crianças de 1 a 3 anos: Manual do Proprietário" (Ed. Gente), e veja como solucioná-los da forma bem eficaz.

Quando a criança:

Com raiva, morde quem está perto

Nesse caso, ela está carente de atenção. Se não houver repreensão, tende a repetir o ato ao se sentir ameaçada. Por isso, com muita calma, coloque-a de castigo. Depois, libere-a e exija um pedido de desculpas. Converse com ela, mostre que é errado e que não conseguirá nada quando agir dessa maneira.

Atira brinquedos, belisca, bate e chuta as pessoas

"A criança não sabe respeitar o espaço alheio nem lidar com situações que a incomodam", afirma Rosângela. Deixe-a de castigo, mas oriente antes: diga que essas atitudes podem machucar outras pessoas e aconselhe-a a dividir seus brinquedos.

Atira comida

Se, quando menor, fazia isso e os pais achavam "bonitinho", ela reproduzirá o gesto, julgando-o correto. Se for ainda bebê, repreenda para o erro não se repetir. Se for maior, mande a criança recolher a comida do chão. "Explique o valor do alimento e a importância dele", ensina a especialista.

Tem acessos de raiva, atira-se no chão e grita

Caso seu filho não tenha sido punido ao fazer isso pela primeira vez, prepare-se para um repeteco mais cedo ou mais tarde. Se estiver em locais públicos, ignore-o. Quando se acalmar, volte a lhe dar atenção. Mantenha-se firme. Se ceder, ele perceberá como esse comportamento chama a sua atenção e não vai parar nunca.

Chora por tudo

A primeira forma de comunicação é o choro. Mas, depois, chega a hora de ensiná-la a mostrar sentimentos. Certifique-se de que as necessidades básicas estão ok e use as táticas dos acessos de raiva. Outro meio é mandá-la agir como uma criança crescida, afirmando: "Você já é uma mocinha".

Não aceita ouvir "não" de ninguém

"Na maioria das vezes, o problema está nos pais, que não impõem limites", conta a psicóloga. Para a proibição ter crédito, em vez de falar "não coloque os pés no sofá", diga: "Sente-se direito". Se obedecer, demonstre carinho e elogie.

Fonte: Viva! mais

CRIANÇAS COM CABELO NA BOCA


Crianças com cabelo na boca


Colocar sempre o cabelo na boca pode ser uma maneira de seu filho demonstrar que está inseguro, ansioso ou querendo chamar a atenção para algum problema. O hábito é persistente e deve ser mudado também por uma questão de higiene, pois os fios são sujos e, quando colocados na boca, viram porta de entrada para microrganismos. Para a criança, controlar o impulso é muito difícil, principalmente porque ele dá uma sensação momentânea de conforto.

É inútil tentar forçá-la a largar o hábito da noite para o dia. "Em vez de lidar apenas com a consequência, converse com seu filho para descobrir a causa do problema. É a melhor forma de resolver a questão", afirma Ana Massa, psicóloga da Universidade Federal de São Paulo (SP). O mesmo vale para outras manias, como roer unhas ou mascar lápis.

Fonte: Crescer

O CASAMENTO APÓS OS FILHOS



Aquela história de que quando os filhos chegam o relacionamento muda agora é comprovada em pesquisa. Um estudo realizado durante oito anos por pesquisadores das Universidades de Denver e do Texas, nos Estados Unidos, com 218 casais mostrou que 90% deles sentiram uma queda na satisfação conjugal após o nascimento do primeiro filho.

Por outro lado, alguns casais disseram que o relacionamento melhorou com a chegada da criança. Outro resultado da pesquisa sugere que aqueles que já tinham sido casados há mais tempo e com rendimentos mais elevados pareciam ter menos problemas no pós-parto se comparados aos casais com baixa renda ou que tinham sido casados por um curto período de tempo.

Segundo Ana Menzel, psicóloga do Hospital Albert Einstein (SP), a chegada de uma criança no casamento traz mudanças, e não só no relacionamento do casal, mas na vida de uma forma em geral. Por isso, atualmente, muitas mulheres adiam a gravidez por conta da profissão. "O filho deve ser um projeto do casal. Para isso, é preciso que o homem e a mulher conversem abertamente sobre a reorganização que vão ter de fazer em suas vidas com o nascimento da criança", diz.

E a maturidade para se adaptar à nova rotina independe da idade de ambos. "Há aqueles jovens que não têm problema e alguns mais maduros que sentem mais dificuldade de se organizar", afirma Menzel.

Um momento a dois

Uma dos estresses no casamento com a chegada de um bebê, principalmente no primeiro ano, é a falta de tempo que a mulher tem com o marido - e vice-versa. Por isso, é fundamental criar momentos a sós para o casal, como sair para jantar, ir ao cinema, teatro. "No entanto, para a mulher, nos primeiros meses com o bebê em casa, sair, mesmo que por uma horinha, pode ser motivo de grande ansiedade", diz a especialista.

É a hora de o marido compreender e aguardar um pouco mais. Logo, a mãe já estará mais confiante com a rotina do bebê e com os horários da amamentação. Outro ponto importante é ter alguém de confiança dos pais para ficar com a criança. Dessa forma, as pequenas saídas só tendem a ser produtivas.

Fonte: Revista Crescer

FAZENDO A LIÇÃO DE CASA


Fazendo a lição de casa


Parece que foi ontem que seu filho entrou na escola. E, quando ele chega com a primeira lição de casa, antes ainda de completar 4 anos, é um susto. Noooossa, mas já? Coitada da criança, tão pequena é já com essa responsabilidade... Pois é, é assim mesmo. E não precisa se preocupar, que a tarefa vem na medida da capacidade dela. Com o tempo, a lição fica um pouco mais complicada ? normal. O que não é normal é a neura que o assunto virou na casa da maioria dos pais de hoje. Volta e meia a gente ouve uma mãe dizendo que precisa ir logo para casa ajudar o filho com a lição, senão o filho não dá conta. Como se a lição fosse responsabilidade dela. E não é. Nem é para ser.

Mas ainda bem que a maioria dos pais sabe que fazer lição é fundamental, sim. Segundo pesquisa realizada nos Estados Unidos pela Harris Interactive, 81% acreditam no valor da tarefa. Segundo a psicanalista e diretora da Escola Globinho, de São Paulo, Eliana de Barros, é essa postura que vai nortear o valor que a criança dará ao saber e ao conhecimento. "Mais importante que a família fazer com que a criança cumpra esse dever é fazer com que ela reconheça a importância de se dedicar à atividade". É essa dedicação que desenvolve o senso de responsabilidade dos pequenos. Até aqui, a coisa vai bem. Entre os mais velhos, 77% reconhecem a importância da tarefa.

No Colégio São Luís, também em São Paulo, a lição de casa começa cedo, aos 3 ou 4 anos. Duas vezes por semana os alunos levam para casa temas para serem trabalhados com a participação da família: pesquisas que complementam aquilo que está sendo estudado na sala de aula. "Essas lições, bem simples, despertam a autonomia das crianças, que já vão se acostumando com o compromisso", explica Carolina Guimarães, professora da Educação Infantil.

Claro que, nessa fase, eles ainda estão se adaptando a todas as outras novidades: a própria escola, os amigos, a professora... Por isso, o dever de casa é "quase" de mentirinha mesmo, mas importantíssimo para as crianças já irem criando o hábito de estudar.

Valores importantes estão envolvidos na realização do dever escolar, que tem influência na auto-estima da criança e na sua capacidade de ousar, arriscar, pensar e buscar soluções para os problemas do cotidiano. Se você não deixa seu filho passar por esse processo, querendo resolver tudo por ele, ele acaba perdendo tudo isso. Pode dar uma força; o que não vale é fazer a lição pelo filho.

A participação da família na elaboração da lição de casa é bem-vista na maioria das escolas. O Colégio Dom Bosco, em Porto Alegre, a estimula desde cedo, pois assim o aluno se sente seguro, e os pais ficam por dentro do nível de alfabetização do filho. Mas essa presença é saudável desde que seja mais como um apoio e não como uma intervenção. Corrigir a lição de casa do filho para ela chegar certinha pode prejudicar seu processo de aprendizagem, pois a professora não consegue identificar que dificuldades a criança está tendo. Mesmo que o produto final não corresponda às expectativas dos pais, não faz mal. O que não pode é fazer pelo aluno o que ele tem condições de realizar sozinho. Claro que eles vão pedir ajuda, mas, na maioria das vezes, isso acontece por medo de errar e se expor frente o professor e os colegas de classe.

É normal, ninguém gosta de errar mesmo. Mas o valor da tarefa está em desenvolver a capacidade dos pequenos de pensar e buscar soluções com autonomia e não só em apresentar respostas corretas. E saber que pode errar de vez em quando e aprender a partir dos erros, sem drama.

Fonte: Revista Pais e Filhos

Consultoria: CAROLINA MARCOUIZOS GUIMARÃES, filha de Catherine e Sérgio, professora da educação infantil II do Colégio São Luís; ELIANA DE BARROS SANTOS, mãe de Mariana, Rebeca e Laerte, psicanalista e diretora da Escola Globinho; LEILA CUNHA, mãe de Lucas e Thayse, coordenadora pedagógica do Colégio Dom Bosco.

CUIDADO COM O PESO DA MOCHILA QUE SEU FILHO CARREGA PARA IR Á ESCOLA



Cuidado com o peso da mochila que seu filho carrega para ir à escola


Atenção ao peso que seu filho carrega na mochila na hora de ir para a escola! Segundo estudo da Universidade Católica de Pelotas (RS), 38,2% dos alunos do ensino fundamental carregam mais peso do que o recomendado. E o índice de mochilas pesadas é maior nas escolas particulares: 68,6% contra 9,3% nas públicas. Para minimizar o problema:

Ajude seu filho a arrumar a mochila e levar somente o necessário para as aulas daquele dia.

Lembre-se de que a criança deve carregar, no máximo, 10% de seu peso.

A mochila nas costas é a opção menos nociva à saúde quando usada com as duas alças. O carrinho causa problemas de postura porque é puxado apenas por um braço.

Fonte: Crescer

FÉRIAS NA ESCOLA




Férias na escola


Férias, oba! Ou nem tanto. Quando pai e mãe trabalham e não tem avó ou tia por perto (ou que esteja de férias e a fim de ficar com criança), as férias das crianças podem dar aquela vontade de gritar "socorro!" Como a realidade é essa e não tem muito como lutar contra ela, o jeito é se adaptar. Agora, as próprias escolas entram na dança e montam programas especiais para o período sem aulas. Quer saber? É uma mão na roda. Mesmo que as crianças fiquem na escola, um lugar seguro, com o qual todo mundo (você e elas) está acostumado, é preciso ter em mente que férias devem ser férias MESMO. Você não conseguiria se imaginar de folga indo para o escritório e fazendo o mesmo trabalho de sempre, não é? Então. Com os pequenos funciona assim também.

"Alguns dias fora da rotina de aula ou com uma rotina diferente fazem com que as crianças fiquem menos estressadas e prontas para mais um período letivo", explica a psicopedagoga Maria Irene Maluf, mãe de Maria Fernanda e Maria Paula. Isso pode acontecer na própria escola, se a programação for leve e bacana, diferente da do ano letivo. Embora seja importante ficar de papo pro ar, sim, planejamento não é de todo ruim. Mesmo quem fica em casa precisa ter algumas atividades programadas, seja passear no parque com um tio ou convidar amigos para dormir em casa. "O que não é bom é passar dia após dia dentro de casa, vendo TV", diz Maria Irene.

Para saber se o programa oferecido pelo colégio de seus filhos ou mesmo de outras escolas - alguns aceitam não-alunos nas atividades de férias - é uma boa, Maria Irene sugere que se observe se o curso tem bons profissionais, capacitados para o lazer. O local deve ser seguro e repleto de oportunidades para novas experiências adequadas à faixa etária de seus filhos. Como as crianças que frequentam o curso não são necessariamente as mesmas com quem ele divide a classe normal, pode ser uma boa oportunidade para fazer amigos.

Muitas das escolas oferecem, além das atividades no próprio prédio, passeios bacanas pela cidade-sede e cidades próximas. Já que você está ralando e não tem como passear com os filhos durante a semana, pessoas qualificadas e de confiança fazem isso por você. No Colégio Pentágono, de São Paulo, por exemplo, as atividades incluem sessões de cinema, teatro, visita a museus e espaços como o Aquário de São Paulo, aulas de culinária, de marcenaria e recreação com boliche, brincadeiras na piscina, day camps e acantonamento em locais próximos. O legal é que a programação é aberta a crianças que não são alunas da escola.

Já no Colégio Global há o chamado Clube de Férias, dividido em semanas temáticas sobre artes, animais e música. As crianças ficam na escola em tempo integral e fazem atividades diversas e um passeio semanal relacionado ao tema trabalhado. Neste caso, só alunos do colégio podem participar. Quem mora em condomínio pode montar um curso de férias em "casa" mesmo, combinando com o síndico e os outros pais. A Casa Movimento oferece esse serviço e utiliza a estrutura de lazer do local para montar gincanas, atividades artísticas (com reaproveitamento de materiais) e de culinária, coordenadas por profissionais de educação e desenvolvidas por psicólogos, nutricionistas e educadores. Sem avós por perto, para ter férias, o jeito é inventar.

Fonte: Revista Pais e Filhos. Maria Irene Maluf - pedagoga

PRIMEIROS SOCORROS PARA CRIANÇAS


Os primeiros socorros são apenas a primeira ajuda a ser dada ao ferido. Eles servem para aliviar a dor e estabilizar o estado da pessoa, mas não servem como tratamento ou cura. Você sempre deve pedir ajuda a um adulto, e o ferido deve ser levado a um hospital.




NUNCA FAÇA:

- NUNCA tome remédios que tem em casa sem que esteja doente ou sem que a sua mãe tenha aprovado.
- NUNCA brinque com facas, tesouras, vidro ou objetos cortantes.
- NÃO brinque com produtos de limpeza. Eles podem ser tóxicos.
- NÃO empine pipas perto de fios elétricos.
- NÃO coloque nada no buraco da tomada, especialmente se for de metal.
- NÃO brinque com os fios dos aparelhos eletrônicos
- NUNCA coloque objetos na boca, no nariz, ou no ouvido.
- NÃO tente pular de lugares muito altos.
- NÃO brinque com fogo.


Como fazer uma respiração boca a boca
Desmaio
Pequenos Ferimentos
Acidentes com eletricidade
Queimaduras por calor
Queimaduras nos olhos
Fraturas
Venenos ingeridos
Picadas e ferroadas de insetos
Objetos estranhos nos olhos
Objetos estranhos no nariz
Objetos estranhos no ouvido
Objetos estranhos na garganta
Dor de ouvido
Dor de dente
Unhas Arrancadas
Amputações
Convulsões
Sangramento Nasal


Como fazer uma respiração boca a boca:
Deite a cabeça do ferido para trás e estique seu pescoço.
Depois coloque sua boca junto a dele e sopre com força,até o peito do doente encher de ar; mas lembre-se de apertar o nariz dele para que o ar não saia por ele. Depois de soprar retire sua boca e deixe que ele solte o ar sozinho. Repita tudo de novo até que ele esteja respirando sozinho.


Desmaio
Sintomas: a pessoa fica pálida, suando frio; a vista fica escura, perde o controle dos músculos e depois cai, perdendo os sentidos. Se a vítima apresentar os sintomas mas estiver acordada, sente-a, abaixe a cabeça e empurre levemente sua nuca para baixo. Se ela não estiver acordada, deite a vítima colocando suas pernas mais altas que o resto do corpo.



Pequenos Ferimentos:
Havendo algum tipo de corte superficial, lave o local do ferimento com bastante água e sabonete, mesmo que arda. Isso é muito importante para não haver infecções. Se o corte for grande, coloque um curativo feito com uma gaze ou algum pano limpo e vá logo procurar um pronto-socorro.


Acidentes com eletricidade
Em primeiro lugar, desligue a eletricidade o mais rápido possível. Se não conseguir, retire a pessoa do contato com a corrente elétrica.Você pode usar um pau seco, uma corda, uma borracha ou um pano grosso, mas nunca use nada de metal ou úmido e principalmente nunca encoste na pessoa, senão você também vai levar um choque. Depois de retirá-la da corrente elétrica, cubra-a com um cobertor bem grosso. Nunca deixe ela sair correndo.
Depois que a pessoa já estiver fora de perigo, veja se tem queimaduras pelo corpo e refresque o local com água fria ou toalhas molhados, mas não passe manteiga, gelo, pomada ou pasta de dentes. Também não pode estourar as bolhas, nem retirar a roupa se ela estiver colada no corpo. Coloque o ouvido próximo a boca do doente e veja se ele está respirando. Se não estiver faça uma respiração boca a boca, e leve-a imediatamente ao médico.


Queimaduras por calor
As queimaduras podem ser causadas por fogo, líquidos quentes, produtos químicos e eletricidade, e você deve mergulhar a parte queimada em água limpa ou em água corrente até aliviar a dor. Não estoure as bolhas, não coloque a mão na queimadura nem tire a roupa do ferido se ela estiver colada no corpo. Se as bolhas já estiverem estouradas, não coloque na água. Você não deve passar nenhuma pomada, creme ou pasta de dente sobre a queimadura.


Queimaduras nos olhos
Lave os olhos com soro fisiológico, cubra com gaze ou um paninho limpo molhado de soro, e leve a pessoa com urgência ao médico.
Fraturas
Se você ou alguma pessoa quebrar algum osso, a parte quebrada deve ser imobilizada com uma tala, antes que ela seja levada para qualquer lugar. Não dê qualquer comida ao ferido, nem mesmo água; coloque a parte quebrada mais alta que o corpo e coloque compressas de gelo para diminuir o inchaço e a dor. Depois, procure um médico urgente.

Venenos ingeridos
Em alguns casos faça a pessoa vomitar. Após o vomito faça-a beber leite e depois lhe dê torradas, leite de magnésia e algum chá forte. Mantenha-a agasalhada. Sempre guarde a embalagem do veneno ingerido e leve ao médico.
Mas não faça a pessoa vomitar se a pessoa tiver bebido:
- produtos de petróleo (querosene, gasolina, fluido de isqueiros, removedores)
- ácidos
- água de cal
- amônia
- alvejantes de uso domestico
- tira ferrugem
- desodorante de banheiro
Não deixe o doente andar, e dê bastante água para diluir o veneno. Busque imediatamente ajuda médica.


Picadas e ferroadas de insetos
Retire os ferrões do inseto com cuidado e depois aperte o local para fazer sair o veneno. Coloque gelo ou deixe a água da torneira escorrer na picada. Muitas pessoas são alérgicas a picadas e sofrem reações graves a elas. A picada de inseto pode ser um risco de vida para uma pessoa sensível. Nestes casos, procure ajuda médica o mais rápido possível. Se a picada for de um inseto venenoso, como o escorpião, vá imediatamente a um médico.


Objetos estranhos nos olhos
Pisque os olhos para que as lágrimas limpem os olhos. Não esfregue nem coloque os dedos nos olhos. Se não der certo, molhe bastante o olho com soro fisiológico ou água limpa. Se o objeto estiver na parte colorida do olho, nunca tente tirá-lo. Nesse caso, tampe os dois olhos com um pano limpo e vá ao hospital imediatamente.


Objetos estranhos no nariz
Tente empurrar o ar pelo lado do nariz que está tampado, fazendo pressão. Mantenha a boca e o outro lado do nariz fechados. Se não sair, procure um médico.


Objetos estranhos no ouvido
Não coloque nada no ouvido tentando retirar o objeto, isso só vai empurrá-lo ainda mais para dentro. Você deve procurar um médico.


Objetos estranhos na garganta
Fique calmo e tente manter a pessoa calma também, se ela ficar nervosa irá piorar a situação. Peça para ela tossir várias vezes para colocar o objeto para fora. Bata nas costas da pessoa com a mão em forma de concha. Se isso não der certo, abrace a pessoa pelas costas colocando os braços em volta da sua cintura e aperte com bastante força para que ela cuspa para fora. Se a pessoa não estiver acordada, deite-a e aperte sua barriga para baixo e para frente, com as duas mãos. Se nada der certo, procure socorro médico o mais rápido possível e no caminho faça respiração boca a boca na pessoa.


Dor de ouvido
Coloque compressas quentes sobre o ouvido doente. As compressas podem ser panos quentes, sacos de água quente, etc. Tome cuidado para que ela não esteja quente demais e queime a orelha da pessoa. Essas compressas são para colocar em cima da orelha, como se estivesse tampando-a e não para colocar dentro do ouvido. Nunca coloque nada quente dentro do ouvido, como gotas, óleos, etc, a menos que seja uma receita do médico. Não deixe a pessoa assoar o nariz com força, isso aumentara a dor. Isso tudo é só para aliviar a dor, só o médico pode dizer o que a pessoa tem e receitar um remédio.


Dor de dente
Você pode colocar um algodão encharcado de remédio para dor de dente, mas para curar o dente você precisa procurar um dentista o mais rápido possível.


Unhas Arrancadas
Enrole a unha ferida com um pano limpo, e coloque a mão ou o pé ferido um pouco mais alto que o resto do corpo. A unha, se ainda estiver presa no dedo, não deve ser jogada fora, e sim fazer o curativo com ela. Pois além de proteger o local, vai modelar a nova unha que nascerá.


Amputações
Quando alguma parte do corpo é arrancada, como um dedo, deve-se tampar o local ferido com um pano e erguê-lo para ficar mais alto que o resto do corpo. A parte que foi arrancada deve ser colocada em um saco plástico limpo e depois dentro de um recipiente contendo água e gelo. Nunca ponha a parte arrancada dentro da água ou do gelo antes de colocar dentro do saco.. Procure atendimento médico o mais breve possível.


Convulsões
Quando uma pessoa está tento uma convulsão, ela perde a consciência e cai no solo; agita todo o corpo, com batimentos na cabeça, braços e pernas, e o seu rosto fica fazendo caretas, com olhos revirados para cima e salivação abundante. Depois ela entra em sono profundo. Apesar de ser muito assustador, você não deve ter medo de uma pessoa tendo convulsão.
Nesse caso:
- Evite que a pessoa caia no chão.
- Coloque um pano entre os dentes para que ela não morda a língua
- Não tente segurá-la, ao invés disso, afaste os objetos para que ela não se machuque.
- Abra suas roupas
- Não tenha medo se ela estiver babando
- Observe as partes do corpo que estão se movimentando convulsivamente para contar ao médico.
- Quando ela voltar ao normal, coloque-a de forma confortável e verifique se ela está respirando bem.
- Leve-a a um hospital.


Sangramento Nasal
Deite a cabeça da pessoa para a frente, sentada, evitando que o sangue escorra para a garganta e seja engolido. Aperte a narina que está sangrando e passe gelo no local. Depois de alguns minutos, solte o nariz vagarosamente, mas não assoe. Se não parar de sangrar, volte a apertar o nariz e procure socorro médico.