segunda-feira, 6 de julho de 2009

INSÔNIA AFETA MULHERES NO PÒS -MENOPAUSA



Insônia afeta mulheres no pós-menopausa
Irritabilidade, choro fácil, humor instável, perda de interesse sexual, energia ou ânimo, diminuição de atenção e insônia são os sintomas depressivos mais freqüentes na mulher na perimenopausa, período que compreende até cinco anos antes e até um ano depois da menopausa.

Pelo menos 60% das mulheres na pós-menopausa se queixam de insônia que ocorre, na população feminina adulta a, no máximo, 40% delas. Outros distúrbios do sono, como apnéia, ronco, bruxismo e síndrome das pernas inquietas, também são freqüentes entre as mulheres nessa fase da vida.

As causas desses distúrbios são incertas, mas os médicos acreditam que eles estejam associados às alterações hormonais - devido aos fogachos e à transpiração, por exemplo - e a fatores psicossociais, como a baixa auto-estima e as crises familiares.

Pesquisa realizada pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) com mulheres na pós-menopausa mostrou que, quando submetidas a exames polissonográficos, o índice de alterações no sono chega a 83%.

A queixa de insônia melhorou com a reposição hormonal - estrogênios isolados ou associados à progesterona.

O uso da progesterona também propiciou diminuição da síndrome das pernas inquietas (movimento das pernas durante o sono) e da queixa de bruximo (ação de ranger os dentes). Já o estrogênio teve ação positiva nos episódios de apnéia (obstrução parcial ou total das vias aéreas durante o sono).

As vantagens da reposição hormonal na redução dos distúrbios do sono ficam evidentes.

Os derivados da soja - isoflavonas - têm sido utilizados para o alívio de sintomas de menopausa.

Os fatores psicossociais também estão relacionados aos distúrbios do sono das mulheres menopausadas. Os filhos já se casaram ou saíram de casa, há crises conjugais, mudanças grandes e simultâneas que levam a quadros de depressão e insônia.

O ideal é tratar a mulher insone de forma multidisciplinar, combatendo a raiz do problema.

É importante que as mulheres sejam encorajadas a participar de atividades em grupos e psicoterapia de apoio.

Fonte(s):


• Folha de São Paulo, Caderno Cotidiano, 15/08/2004, p. C9.